quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Deus [1]

Começarei, para meu alívio, a conversar intimamente com Deus.
Porque necessito estar exposta ao mesmo tempo escondida. Preciso meus diálogos sendo indiretamente direcionados a Deus.
Porque, porque ele é a paz da alma. Minha alma, ela existe. Existe sim, vejo manifestações dela a cada segundo num simples prazer de dor e felicidade.

Se eu tivesse uma arma para doar um tiro para cada pessoa que me diz: "há tempos eu penso em morrer", eu já teria recarregado algumas vezes. Não sei até quando "ex-suicida" estará estampado na minha testa, e, talvez, nem seja isto, mas uma expressão no qual eu gosto muito em inglês "I've been there...".

Mas, Deus, eu não quero acabar com a vida deles, tampouco com o sofrimento, mas se me procuram é na esperança de um pequeno alívio. Sou portadora mesmo da cura, meu senhor? Por que, então, sinto-me tão pequena e a única coisa que tenho são olhos de compaixão. I've been there...

Se eu pensar, não querendo me comparar, quando escrevo para ti, sinto um alívio de compartilhar minhas sensações. Então, será dando meus ouvidos e meu olhar já estaria aliviando seus corações?

Não, não preciso de um sinal. É o que eu continuarei fazendo, meu bom Deus. Dai-me forças, não para superar, mas para poder amar.